Rogério Ceni tinha pouco mais de 8 meses no Flamengo, mas
nunca foi unanimidade. A torcida sempre o criticava e suas entrevistas coletivas
pioravam ainda mais a situação entre as partes. Não foi uma, nem duas, foram
várias vezes que sua demissão foi cogitada internamente no Rubro-Negro. Isso só
não aconteceu porque o vice-presidente de futebol, Marcos Braz, bancava o
comandante.
No entanto, o clima foi ficando cada vez pior nas últimas
semanas e o vazamento de informações irritava demais a alta cúpula do Flamengo.
Na sexta-feira (09), a sensação era que o ciclo tinha realmente acabado e não havia
mais volta. Na madrugada de sábado (10), o perfil oficial do Mais Querido do
Brasil no Twitter anunciou a demissão do técnico.
O desgaste era muito grande. Apesar do bom relacionamento
com os principais líderes do grupo, muitos jogadores já estavam insatisfeitos e
não ‘corriam’ mais pelo comandante. Assim, a diretoria flamenguista entendeu
que, mesmo com alto risco de uma ruptura nessa altura da temporada, era preciso
mudar o cargo de treinador e foi isso que aconteceu.
Rogério ainda não falou com a imprensa sobre o assunto, mas
isso deve acontecer muito em breve. O processo de ‘fritura’ não agradou o
treinador, que se sentiu muito exposto. Por outro lado, ele quer preservar a história
construída no clube, com os títulos do Brasileirão, Supercopa do Brasil e o
Campeonato Carioca. Tudo isso em menos de um ano.